terça-feira, 20 de outubro de 2009

Projeto de basquete de rua realiza sonhos de moradores da periferia




O programa faz parte da Central Única de Favelas do Distrito Federal e beneficia cerca de 600 pessoas.

"Meu sonho é ser jogadora de basquete. A motivação que o grupo tem é uma esperança para minha vida". É com essa frase que a aluna Paloma, 15 anos, define a importância do Programa Esporte e Lazer nas Cidades (Pelc) na vida dela. Com o objetivo de estimular a prática de esportes e lazer, o projeto faz parte da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e Lazer em parceria com a Educação em Foco e Central Única das Favelas (Cufa). A central, desenvolvida nacionalmente, atua no DF há três anos e atende cerca de 600 pessoas.

De acordo com o coordenador da Cufa no DF, Max Maciel, é necessário fazer apropriações nas comunidades que não são planejadas de forma urbanística."Temos que melhorar a estrutura desses locais para desenvolver a prática de esportes, cultura e lazer", diz Max.
"Fazer parte desse projeto é muito bom, antes eu não tinha nada pra fazer e agora tenho", diz Keivid, nove anos, o aluno mais novo do grupo. O basquete de rua no Brasil foi criado e tem se expandido pela Cufa. "É uma modalidade extremamente brasileira. A gente costuma dizer que é uma continuação do basquete tradicional", explica Jonatas Pereira, 27 anos, conhecido como Johnnie Ceilandense. Ele coordena o Pelc e o time Druas, que se apresenta em vários eventos para promover o basquete de rua.
O núcleo de esportes trabalha sob orientação de um coordenador e um monitor, que desenvolve atividades esportivas e complementares. Em apenas quatro meses, a equipe já vivenciou pelo menos dois momentos importantes. Além de conhecer o jogador de basquete Oscar Schimidt, o Druas participou da abertura da apresentação do Harlem Globettroters, maior time de basquete de rua do mundo.
Apesar de a aula ser gratuita, o coordenador e os instrutores são remunerados e garantem que o trabalho feito é gratificante. "Como professor, a gente faz o nosso papel de ensinar. Dá alegria ver os alunos aprendendo, se dedicando e aprimorando os movimentos", diz Márcio José, 17 anos.
Outras modalidades esportivas, como judô, futsal, capoeira e jiu-jitsu, também estão inseridas no Pelc. As oficinas são dadas em dois núcleos Areal e Ceilândia. Podem participar crianças, jovens, adultos e idosos. É preciso se dedicar aos treinos, que ocorrem durante três horas de segunda a quinta-feira. Quem se interessar deve entrar em contato pelo número 3224-6557 ou acessar a página eletrônica www.cufadf.org para mais informações.

Matéria de Deborah Salles - Aluna de jornalismo do Instituto de Educação Superior de Brasília

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